Três divindades, três presenças.
Nosso conhecimento do Universo
apresenta sérias contradições e incompatibilidades, seja em relação aos motivos
de sua existência (por acaso, Providência, telefinalismo), seja em
relação à eclosão da espécie humana (integrada ou não no mundo natural), seja
em relação ao mundo das micropartículas (indeterminadas, prováveis). Não
obstante, nossa inteligência foi dotada da capacidade de compreender essas
anomalias, desde as homologias que observa, até atingir a compreensão adequada
de suas relações transcendentes.
Foto: Google.cl |
Assim, contrariamente ao que
afirmam os materialistas, o universo físico possui fortes sintonias
espirituais, a partir do problema de suas origens, de sua organização e de suas
manifestações virtuais, confirmados pela existência de três mundos diferenciados,
mas interligados, com suas propriedades específicas: o universo cósmico, o
universo quântico e o universo virtual, que nos induzem a constatar a presença,
seja de um Criador, seja de um Transformador Místico, seja de uma Fonte
espiritual para justificar nossas criações culturais.
Por primeiro, o universo cósmico é
o resultado da imediata detecção de nossos sentidos exteriores. Possuindo
fortes inflexões para o bem e/ou para o mal, seja físico, metafísico ou
moral, o que implica o reconhecimento de que ele apresenta acentuadas
conotações valorativas, criadas e percebidas apenas por nossa
subjetividade, mas reais em seus efeitos, o que implica também o exercício de
nossa liberdade. Concebido como oriundo de uma Causa Primeira, tem, a partir de
ARISTÓTELES, o argumento lógico da impossibilidade de uma regressão
ao infinito na ordem das causas, sob pena de não poder justificar a
própria sucessão (sic). O mundo natural tem como justificativa a presença de um
Criador: absoluto, providente e amoroso, cuidando da sobrevivência de seu povo
escolhido (Antigo Testamento). Acima do bem e do mal, Suas ações refletem
uma cuidadosa preocupação referente à fé entre seu povo escolhido,
pela crença em um único Senhor.
Não obstante, há ainda a presença
de dois outros mundos, o quântico e o virtual, de características
diferenciadas, mas complementares em suas relações. Assim, o mundo das
micropartículas, por suas características quânticas, é o universo das
incertezas e dos fenômenos apenas prováveis, mas cercado da oclusão de
fenômenos aparentemente indiferentes aos seus efeitos, o que demanda a presença
de um Provedor Inteligente, responsável pela transformação do caos em cosmos. O
reconhecimento do mundo quântico como intrínseco à própria natureza das coisas
nos indica suas relações com o macrocosmo. Por isso, ele é como o
reino do Filho, dominado pela fé e convicção de que tudo é possível, a partir
apenas de nossas convicções.
O terceiro universo é aquele
recheado de virtualidades, o mundo das aparências apenas vislumbradas, mas
muito concretas no mundo da cultura, do conhecimento e de nossos valores
transcendentes. O mundo virtual atesta a presença, entre nós de um Espírito
estranho à ordem natural, confirmando a presença do sobrenatural entre nós. A
religião, a arte e a cultura, são as suas manifestações mais notáveis,
garantindo a transcendência de nossas ações, garantindo sua imortalidade,
seja histórica ou revelada.
Dessa forma, o conhecimento humano
é tomado pela percepção de que há uma Trindade Transcendente a guiar o processo
da evolução, tendo como avalista nossa própria espiritualidade.
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