segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A expressão

FILOSOFIA DE VIDA

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 postado por: ddllsll

 

"Filosofia de Vida" pode ser definida por um conjunto de ideias ou de atitudes que fazem parte da vida de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. Pode ser definida, também, por uma conduta que rege a forma de viver de uma pessoa. Por vezes, são normas marcadas por uma religão - como, por exemplo, filosofia de vida cristã, budista, etc. 
A filosofia de vida pode ser influeciada ou alterada de acordo com fatores sociais, econômicos ou políticos ou mesmo variar de acordo com o contexto da vida de cada um. Esta é uma expressão que também está relacionada ao sentido crítico, definindo a forma como cada indivíduo constrói seu sistema de valores, que fazem parte da sua vida e indicam como ela será vivida.
Quando dois indivíduos discordam sobre vários temas, suas filosofias de vida entram em choque e, normalmente, este choque é causado pelas diferenças culturais, um dos principais conflitos causados por ela.
A expressão filosofia de vida também pode ser substituída, por vezes, por "estilo de vida". No fim das contas, ambas podem ser consideradas sinônimos. O conceito de filosofia relaciona-se à busca incessante pela sabedoria. Deste modo, ela também inclui a busca pelo autoconhecimento e por normas/teorias que possam atribuir certa estabilidade para uma determinada pessoa.

FILOSOFIA DE ROUSSEAU


A essência da filosofia de Jean-Jacques Rousseau é a crença de que o homem é bom naturalmente, embora sua vida sempre esteja subjugada pela sociedade, a qual o predispõe à depravação. Para Jacques, o homem e o cidadão são padaroxos da natureza humana, pois é o reflexo das incoerências que se instauram na relação do ser humano com seu grupo social - e isto, inevitavelmente, o corrompe.
Rousseau foi um dos principais filósofos do Iluminismo. Para ele, é a sociedade que o transforma em uma criatura má, a qual só pensa em prejudicar outras pessoas. Em virtude deste pensamento, o filósofo idealiza o homem em estado selvagem - pois alega que sua primitividade é ser generoso. Dentre os equívocos cometidos pela sociedade está a prática da desigualdade, tanto individual, como a que é provocada pelo contexto social.
Neste caso, Rousseau engloba a presença negativa do ciúme no relacionamento afetivo e até mesmo a instauração da propriedade privada como base da vida econômica. Ainda assim, o filósofo acredita que há um caminho para reconduzir o indivíduo à sua antiga bondade, o qual é teorizado politicamente em sua obra chamada Contrato Social. Rousseau crê que a carência de igualdade na personalidade humana é algo que integra sua natureza - mas que a desigualdade deve ser eliminada, pois esta priva o homem do exercício da liberdade. Ele sugere substituir esta prática pela devoção aos aspectos exteriores e às normas de etiqueta.
Em sua obra "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens", Rousseau avalia a questão da maldade humana. Para analisar de maneira mais clara essa característica, ele estabelece três estapas evolutivas na jornada do homem como ser-humano: o 1º estágio se refere ao homem natural, subjugado pelos instintos e pelas sensações, sujeito ao domínio da Natureza; o 2º se refere ao respeito ao homem selvagem, já impregnado pelos confrontos morais e pelas imperfeições e o 3º, que se refere à condição do homem civilizado, marcado por intensos interesses privados, que sufocam sua moralidade.
A partir deste processo, segundo sua teoria, o indivíduo se converte em um ser egoísta e individualista, transformando sua bondade natural, gradualmente, em maldade. O homem abre mão de sua liberdade e assim se desqualifica enquanto ser humano, pois se desprende do principal veículo para a realização espiritual. A solução apontada por Rousseau para esta situação é focar no autoconhecimento, através do campo emotivo da humanidade.
Rousseau também defende a formação do homem natural no seu lar, junto aos familiares, porque isto constitui dele um ser integral, voltado para si mesmo, que vive de forma absoluta. Já o cidadão deve ser educado no circuito público proporcionado pelo Estado, pois este é apenas uma parte do todo, e por esta razão, vive-se uma vida relativa. O aprendizado social, segundo o filósofo, não produz nem o homem, nem o cidadão, mas um misto de ambos. Aliar as duas vertentes implica investir no saber do ser humano em seu estágio natural – por exemplo, a criança –, e o cidadão só existirá a partir desta condição, a qual tem como base a Natureza e, como liga, a trajetória individual.

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