FILOSOFIA
DE VIDA
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postado por: ddllsll
"Filosofia de Vida" pode ser definida por um conjunto de ideias ou de
atitudes que fazem parte da vida de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. Pode
ser definida, também, por uma conduta que rege a forma de viver de uma pessoa.
Por vezes, são normas marcadas por uma religão - como, por exemplo, filosofia
de vida cristã, budista, etc.
A filosofia de vida pode ser influeciada ou alterada de acordo com fatores
sociais, econômicos ou políticos ou mesmo variar de acordo com o contexto da
vida de cada um. Esta é uma expressão que também está relacionada ao sentido
crítico, definindo a forma como cada indivíduo constrói seu sistema de valores,
que fazem parte da sua vida e indicam como ela será vivida.
Quando
dois indivíduos discordam sobre vários temas, suas filosofias de vida entram em
choque e, normalmente, este choque é causado pelas diferenças culturais, um dos
principais conflitos causados por ela.
A
expressão filosofia de vida também pode ser substituída, por vezes, por
"estilo de vida". No fim das contas, ambas podem ser consideradas
sinônimos. O conceito de filosofia relaciona-se à busca incessante pela
sabedoria. Deste modo, ela também inclui a busca pelo autoconhecimento e por
normas/teorias que possam atribuir certa estabilidade para uma determinada
pessoa.
FILOSOFIA DE ROUSSEAU
A essência da
filosofia de Jean-Jacques Rousseau é a crença de que o homem é bom
naturalmente, embora sua vida sempre esteja subjugada pela sociedade, a qual o
predispõe à depravação. Para Jacques, o homem e o cidadão são padaroxos da
natureza humana, pois é o reflexo das incoerências que se instauram na relação
do ser humano com seu grupo social - e isto, inevitavelmente, o corrompe.
Rousseau foi um dos principais filósofos do Iluminismo. Para ele, é a sociedade
que o transforma em uma criatura má, a qual só pensa em prejudicar outras
pessoas. Em virtude deste pensamento, o filósofo idealiza o homem em estado
selvagem - pois alega que sua primitividade é ser generoso. Dentre os equívocos
cometidos pela sociedade está a prática da desigualdade, tanto individual, como
a que é provocada pelo contexto social.
Neste caso, Rousseau engloba a presença negativa do ciúme no relacionamento
afetivo e até mesmo a instauração da propriedade privada como base da vida
econômica. Ainda assim, o filósofo acredita que há um caminho para reconduzir o
indivíduo à sua antiga bondade, o qual é teorizado politicamente em sua obra
chamada Contrato Social. Rousseau crê que a carência de igualdade na
personalidade humana é algo que integra sua natureza - mas que a desigualdade
deve ser eliminada, pois esta priva o homem do exercício da liberdade. Ele
sugere substituir esta prática pela devoção aos aspectos exteriores e às normas
de etiqueta.
Em sua obra "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade
entre os Homens", Rousseau avalia a questão da maldade humana. Para
analisar de maneira mais clara essa característica, ele estabelece três estapas
evolutivas na jornada do homem como ser-humano: o 1º estágio se refere ao homem
natural, subjugado pelos instintos e pelas sensações, sujeito ao domínio da
Natureza; o 2º se refere ao respeito ao homem selvagem, já impregnado pelos
confrontos morais e pelas imperfeições e o 3º, que se refere à condição do
homem civilizado, marcado por intensos interesses privados, que sufocam sua
moralidade.
A
partir deste processo, segundo sua teoria, o indivíduo se converte em um ser
egoísta e individualista, transformando sua bondade natural, gradualmente, em
maldade. O homem abre mão de sua liberdade e assim se desqualifica enquanto ser
humano, pois se desprende do principal veículo para a realização espiritual. A
solução apontada por Rousseau para esta situação é focar no autoconhecimento,
através do campo emotivo da humanidade.
Rousseau
também defende a formação do homem natural no seu lar, junto aos familiares,
porque isto constitui dele um ser integral, voltado para si mesmo, que vive de
forma absoluta. Já o cidadão deve ser educado no circuito público proporcionado
pelo Estado, pois este é apenas uma parte do todo, e por esta razão, vive-se
uma vida relativa. O aprendizado social, segundo o filósofo, não produz nem o
homem, nem o cidadão, mas um misto de ambos. Aliar as duas vertentes implica
investir no saber do ser humano em seu estágio natural – por exemplo, a criança
–, e o cidadão só existirá a partir desta condição, a qual tem como base a
Natureza e, como liga, a trajetória individual.
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