quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Patrono Cadeira n° 19

Manoel Serafim Gomes de Freitas


IMPERIAL ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E DE AGRICULTURA PRÁTICA

Diretores: Claude Marie Rebourgeon (1883/1885); Francisco Antunes Maciel (1888/1889); Alexandre Cassiano do Nascimento, Possidônio Mâncio da Cunha e José Gonçalves Chaves (1890/1891); Francisco de Paula Gonçalves Moreira (1892/1894); João Py Crespo (1894/1897); José Cipriano Nunes Vieira (1897/1908); Manuel Luis Osório (1909/1923); Francisco José Rodrigues de Araújo (1923/1925); Manuel Serafim Gomes de Freitas (1926/1928); Ataliba de Figueiredo Paes (1928/1936).

Maçonaria em Pelotas

As palavras do primeiro relatório, apresentado pela diretoria são:"...O Grão-Mestre da Maçonaria Rio-grandense, desembargador doutor Antônio Antunes Ribas, querendo encaminhar os trabalhos da secular instituição para um terreno prático, aconselhou as oficinas de sua jurisdição a fundarem escolas, onde, pelo ensino leigo, ficasse assegurada a liberdade de consciência das crianças, de modo a prepararem-se futuros cidadãos aptos para viverem em uma democracia, da qual deveriam ser bons auxiliares, e não pela sua educação estreita e fanática, elementos perturbadores da ordem e do progresso." …"Com aplausos foi aceita a fundação de um Ginásio, para cuja realização as Lojas lançariam um empréstimo no valor de cem contos ou mais, se possível.”... "Em seguida os Veneráveis das Lojas de Pelotas ali reunidos nomearam para a instalação do colégio, uma numerosa comissão, salvo alguma omissão, dos irmãos doutor Carlos Ramos, Silvestre Galvão, Emílio Laquintinie, Fernando Röhnelt, João J. César, Antônio Ferreira Soares e doutor César Dias.”...
"Em 2 de fevereiro de 1903 se abriam as aulas do Ginásio Pelotense provisoriamente instalado no palacete Itapitocay", localizado a rua Miguel Barcellos, 8".
Foi feita a compra do sobrado da Rua Felix da Cunha esquina Tiradentes pela Loja "Rio Branco" e pela Loja "Antunes Ribas" da família Ribas e em 20 de setembro de 1903 o Ginásio mudava-se para o novo edifício realizando-se as obras diversas necessárias para o funcionamento.
Após diversas dificuldades e dispendioso trabalho em 8 de janeiro de 1906 o decreto de equiparação do Ginásio ao Colégio Pedro II., é levado a sanção do presidente da República, pelo respectivo ministro e pelo esforço do senhor José Inácio do Amaral junto ao deputado rio-grandense doutor Pedro Moacyr.
Anexas ao Ginásio Pelotense foram fundadas as escolas de "Pharmácia e Odontologia", ideias aventadas pelos irmãos Silvestre da Fontoura Galvão e pelo doutor Manoel Serafim Gomes de Freitas.
Existiu ainda e fundada em 12 de outubro de 1912, uma faculdade de Direito, que chegou a formar quatro turmas de bacharéis, cuja paternidade cabe ao nosso ilustre irmão doutor Alípio Telles de Carvalho, também ex-Venerável Mestre da Loja "Rio Branco".
Em todos estes empreendimentos foram figuras de alto relevo os Drs. Francisco José Rodrigues de Araújo, Pedro Luís Osório, Manoel Seraphim Gomes de Freitas, Manoel Luiz Osório e outros tantos maçons ilustres.
Desde 1914, a Maçonaria Rio-grandense entregou a administração deste estabelecimento ao Governo Municipal, que tem sabido manter os destinos desde educandário, elevando-o seu conceito cada vez mais, sendo este motivo de orgulho para Pelotas.
Em sessão de 15 de julho de 1915, tem lugar a fusão das Lojas Maçônicas "Honra e Humanidade" e "Rio Branco" desta cidade e "Lealdade" do Capão do Leão. Assinaram o acordo de fusão o doutor Manoel Seraphim Gomes de Freitas como Venerável da Loja "Rio Branco" e o senhor Alexandre Gastaud como Venerável da "Honra e Humanidade" e da "Lealdade". A nova Loja tomou a denominação de "Lojas Unidas Honra e Humanidade, Rio Branco e Lealdade". Formaram sua primeira diretoria os senhores doutor Manoel Seraphim Gomes de Freitas, Alexandre Gastaud, Alberto Sanz Navas, Alfredo Augusto de Carvalho Bastos e Hormino Francisco Lopes. A diretoria em 1922 estava constituída pelos Srs. José Ernesto Augusto Lang, Alípio Baptista de Oliveira, doutor Edison Barcellos Fagundes, Eduardo Francisco dos Santos e Catullo de Mattos.
Em 6 de março de 1923, estas Lojas passaram a denominar-se Loja Fraternidade, nome que mantém até os dias de hoje. Seu primeiro Venerável Mestre foi Rocco Felipe.
Em 8 de janeiro de 1928, as Lojas "Rocha Negra" de São Gabriel, "Caridade Santannense" de Santana do Livramento, a "Fraternidade" de Pelotas e a "Amizade" de Bagé criaram, em sessão memorável na cidade de Bagé, a Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul.
A primeira sede da Grande Loja é localizada no prédio da Fraternidade, sendo seu primeiro Grão Mestre o doutor Manuel Seraphim Gomes de Freitas. Sua sede permaneceu em Pelotas até 30 de junho de 1936, quando se transfere para a capital do estado, Porto Alegre.
Desde então, a Loja Fraternidade dedica-se ao engrandecimento do cidadão de Pelotas, serve de berço a outras Lojas, incentiva a doutrina Maçônica, cria irmãos dispostos a lutar por seu semelhante, que no anonimato servem nossa comunidade.
Em 1995, recebe o título de Loja "Centenária", reconhecido pela Grande Loja, com a manifestação do Sereníssimo Grão Mestre Pedro Manoel Ramos, da Muito Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, passando a denominar-se: "Fundadora, Centenária, Benemérita, Augusta e Respeitável Loja Simbólica Fraternidade Nº 3".
Para perpetuar tal efeméride, a Loja Fraternidade mandou cunhar 200 medalhas metálicas comemorativas, possuindo dimensões de 5,7 cm de diâmetro e 3 mm de espessura, as quais foram distribuídas aos presentes, na sessão de recebimento do título em 25 de agosto de 1995.
Esta é a descrição histórica da Loja mais antiga do município de Pelotas, sucessora histórica da primeira Loja Maçônica constituída, a "Protetora da Orphandade" de 1842. Em 3 de fevereiro de 1853 foi criada a Loja "União e Concórdia" e seus membros passaram a constituir a Loja "Honra e Humanidade" em 25 de agosto de 1855. Com a união das Lojas "Rio Branco" e "Lealdade" formam a Lojas "Unidas" que mais tarde recebe o nome de Fraternidade.
Possa o Grande Arquiteto Do Universo proteger os irmãos e as nossas Lojas maçônicas, dando-lhes longa vida através dos anos, para que juntas cultuem Seu Nome e Sua Glória. 

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