Glaucus
Saraiva da Fonseca
(24/12/1921 –
17/07/1983)
Nasceu em São Jerônimo – RS, em 24 de dezembro de 1921.
Era filho de Álvaro Saraiva da Fonseca e Luiza Saraiva da Fonseca, o filho mais novo de uma família tradicional gaúcha.
Teve 07 (sete) irmãos: Agamenon Saraiva da Fonseca, Demóstenes Saraiva da
Fonseca, Marcos Vinicius Saraiva da Fonseca, Petronius Saraiva da Fonseca,
Ligia Saraiva da Fonseca, Semíramis Saraiva da Fonseca, Iracema Saraiva da
Fonseca. Deixou uma filha: Maria Luiza Saraiva Soares.
Era autodidata, com
impressionante formação humanística apoiada em bela biblioteca, destacou-se
principalmente como poeta erudito embasado em grande cultura geral.
Foi um pioneiro,
folclorista, tradicionalista, historiador, professor, pesquisador, escritor,
conferencista, jornalista, radialista e poeta, músico e compositor.
Foi também um atleta perfeito, campeão de luta-livre e de natação.
É personagem importante do tradicionalismo gaúcho, juntamente com Paixão Cortes e Barbosa Lessa, formaram os três reis magos da Santíssima Trindade do Gauchismo.
Foi também um atleta perfeito, campeão de luta-livre e de natação.
É personagem importante do tradicionalismo gaúcho, juntamente com Paixão Cortes e Barbosa Lessa, formaram os três reis magos da Santíssima Trindade do Gauchismo.
Foi vocalista dos
conjuntos “Os Gaudérios” e “Quitandinha Serenaders” entre 1950 e 1955, além de
atuar na Rádio Farroupilha e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de 1948 a 1955.
Mas sua ligação com a música foi ainda mais profunda: Cigarro de Palha, Porongo
Velho, Tropereada, O Rum é a Gente que Abre, Casa Grande de Estância (com Luiz
Telles), entre outras.
Era maçom, o que fez com que fosse muito ligado aos rituais e à criação de símbolos que posteriormente vão fazer parte do Tradicionalismo.
Foi escoteiro e agauchou a Patrulha do Quero-quero, transformando-a em uma estância simbólica, experiência que serviu mais tarde quando organizou o 35 Centro de Tradição Gaúcha, dando-lhe igual estrutura.
Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de Tradição Gaúcha, do qual foi o primeiro presidente e Patrão).
Formulou a Carta de Princípios do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara – RS.
Era maçom, o que fez com que fosse muito ligado aos rituais e à criação de símbolos que posteriormente vão fazer parte do Tradicionalismo.
Foi escoteiro e agauchou a Patrulha do Quero-quero, transformando-a em uma estância simbólica, experiência que serviu mais tarde quando organizou o 35 Centro de Tradição Gaúcha, dando-lhe igual estrutura.
Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de Tradição Gaúcha, do qual foi o primeiro presidente e Patrão).
Formulou a Carta de Princípios do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara – RS.
Idealizou e tornou
realidade três importantes projetos:
O Parque Histórico
Bento Gonçalves, em Camaquã;
O Instituto Gaúcho
de Tradição e Folclore (IGTF), do qual foi o primeiro Diretor Técnico;
E - o Galpão Crioulo
do Palácio Piratini, que, pelo Decreto Estadual número31.204, de 01/08/83
passou a chamar-se Galpão Gaúcho Glaucus Saraiva.
Foi professor de folclore do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária Gauchesca e Usos e Costumes do Sul); e conferencista internacional sobre folclore.
Foi professor de folclore do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária Gauchesca e Usos e Costumes do Sul); e conferencista internacional sobre folclore.
Presidiu três
congressos tradicionalistas: em Santa Vitória do Palmar (1973), Pelotas (1975)
e Passo Fundo (1977). Desenvolveu, também, profunda pesquisa sobre os
brinquedos tradicionais das crianças gaúchas, promovendo exposições e
publicações a este respeito.
Foi autor da
nomenclatura simbólica do tradicionalismo.
Publicou ainda os
ensaios “Manual do Tradicionalista” e “Catálogo da Mostra de Folclore Juvenil”.
Em Uruguaiana, criou
o Museu do Piá junto ao CTG Sinuelo do Pago.
Faleceu em Porto
Alegre em 17/07/1983.
Em sua homenagem
como grande tradicionalista riograndense foi criado em 20 de outubro de 1983 o
CTG Glaucus Saraiva da Fonseca, como parte integrante do Departamento de Tradição
e Folclore do Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana.
Segundo José Hilário
Retamozo, Diretor-Presidente do Instituto Estadual do Livro, Glaucus Saraiva da
Fonseca nasceu igual a um pé de erva-mate, porém em forma de gente.
No mais em tudo foi
igual, cresceu igual, viveu assim.
Permaneceu assim e
continua assim além da vida.
Igual, tão igual que
nem ele próprio não sabia.
Árvore altiva
daquelas de quebrar a lua cheia em mil pedaços de cristais numa noite de
inquietações e de angústias mal domadas.
Árvore-nobreza-pura
que se doava inteira para os desgalhamentos da amizade.
Glauco Saraiva,
lírico e sonhador, esbanjou-se em estrofes de amor que certamente haverão de
andar guardadas pelo ciúme enternecido da saudade que deixou.
A vida inteira
cortado a golpes de facões ervateiros, sempre refez a seiva interior de uma
vontade forte. Renasceu nos ramos e refolhou-se de novos sonhos.
Sempre vertical e caprichoso, não se cansou de buscar a realização – a mais perfeita que lhe fosse possível .
Sempre vertical e caprichoso, não se cansou de buscar a realização – a mais perfeita que lhe fosse possível .
Seus versos
gauchescos – barrocos e rebuscados, de poeta que entendeu que a poesia
gauchesca foi e será poesia do homem culto para os que vivem no campo.
A larga e
generosamente, distribuiu seus versos entre os amigos, igual a erva-mate, que
se perde do tronco de onde sai para andejar de mão em mão.
Seus versos
continuam cevando emoções para os que se ligam pelos sentimentos à terra e têm
amor pó sua gente.
Glaucus Saraiva da
Fonseca nasceu erva-mate, viveu chimarrão e agora, mesmo desfeito em pó,
continua circulando ao redor das chamas nas rodas galponeiras que animam de
gauchismo a alma pampeana.
Antonio Augusto
Fagundes, seu grande amigo diz: “ Glaucus Saraiva da Fonseca foi sempre e antes
de mais nada, um grande poeta.
Sua poesia é uma cordilheira eriçada de píncaros sem vales e abismos e a sua vida – singular, sui generis , descontrolada – foi talvez o seu mais belo poema.
Glaucus não era apenas um homem, mas um furacão desatado no pampa”.
Sua poesia é uma cordilheira eriçada de píncaros sem vales e abismos e a sua vida – singular, sui generis , descontrolada – foi talvez o seu mais belo poema.
Glaucus não era apenas um homem, mas um furacão desatado no pampa”.
Trabalho de: Jorge Wolnei Gomes - Cad. 16
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