Visconde Artur Pinto da
Rocha
Nasceu em 26 de dezembro de 1862, filho de
Antônio Joaquim Pinto da Rocha, português e de Constância Pinheiro da Cunha, do
Rio Grande.
O pai do nosso epigrafado, que era conceituado
comerciante de nossa cidade, recebeu do governo português os títulos de
Comendador, e posteriormente, Visconde Pinto da Rocha.
Foi Venerável
(presidente) da Loja Maçônica União Constante e mandou construir o belo
edifício que é a sua sede atual, sendo também o principal responsável pela edificação
da atual Igreja da Irmandade Nossa Senhora da Conceição.
Arthur Pinto da Rocha após concluir seus estudos
elementares em nossa cidade viajou para Portugal a fim de se preparar com
vistas à matricular-se na Escola Politécnica, mas transferiu-se para o curso de
direito da Universidade de Coimbra, onde se bacharelou em 1889, com
brilhantismo.
Já em 1882, por ocasião do centenário da morte do
Marquês de Pombal, foi designado para orador em homenagem realizada no Liceu
Nacional de Lisboa, quando teve grande repercussão e aplauso.
Em 1889 casou, em Coimbra, com Maria Henriquieta
Pinto Moreira e pouco tempo depois retornou para a cidade do Rio Grande onde
passou a exercer a advocacia e, por concurso, em 1891 foi nomeado para o cargo
de Promotor Público de nossa Comarca.
Em 1893 foi eleito deputado da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Sul pelo Partido Republicano, ao qual pertencia
Júlio de Castilhos, e nas eleições de 1894 foi eleito, pelo mesmo partido,
deputado federal, representando o nosso Estado por dez anos.
Foi um dos fundadores da Faculdade Livre de
Direito de Porto Alegre, sendo um de seus professores, junto com o rio-grandino
Dr. James Darcy (o primeiro doutor em Direito diplomado no Brasil).
Como jornalista teve destacada atuação no jornal
"Gazeta do Comércio", de 1903 a 1906 e no jornal "A
Federação", de 1906 a 1910. Em 1910 passou a ser redator-chefe do “Diário
de Notícias" do Rio de Janeiro, onde foi residir com a sua família.
O Dr. Pinto da Rocha era dotado de uma
inteligência exemplar e se destacou não só como advogado e professor, mas
também como orador, conferencista, teatrólogo, historiador, contista, cronista,
romancista e jornalista. Destacou-se também como integrante da Loja Maçônica
"Progresso da Humanidade", de Porto Alegre, foi também membro Titular
da Academia Sul-rio-grandense de Letras, em sua primeira fase em Porto Alegre
no ano de 1910, ocupando a Cadeira número 18 e, quando residiu no Rio de
Janeiro, passou a ser membro titular do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro e da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, da qual foi
presidente de 1918 a 1922. A Academia Rio-Grandina de Letras homenageia o Dr.
Pinto da Rocha como Patrono da Cadeira
número 10.
A citação das dezenas de suas obras não se
coaduna com o espaço desta
crônica, mas cabe lembrar: "Serenata das Flores" - drama em versos,
1904; "Talita", 1906; "História Diplomata do Brasil", 1914.
Arthur Pinto da Rocha faleceu em 18/07/1930, já
na condição de ministro do Supremo Tribunal Militar.
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